Jornal UNI-BH

Thursday, September 29, 2005

Ambulatório de Nutrição amplia atendimento

Júnia Leticia

Com o objetivo de expandir o atendimento aos universitários e funcionários do UNI-BH, bem como à população que procura o Ambulatório de Nutrição, o serviço, que antes era prestado às segundas e terças-feiras, agora é diário. De segunda a sexta-feira, das 8h às 21h30, oito universitários do 8o período do curso, sob a coordenação da professora Sônia Maria de Figueiredo, revezam-se no atendimento aos interessados em reeducar sua alimentação e fazer uma avaliação nutricional gratuitamente.

De acordo com a professora Sônia Figueiredo, uma reunião com o colegiado de Nutrição viabilizou um local para os universitários trabalharem a prática ambulatorial no UNI-BH. “Vimos que precisa haver uma reeducação dos próprios alunos aqui na Instituição, já que muitos alimentam-se de hambúrgueres, balas e pirulitos. A maior dificuldade que percebemos, não só entre o público universitário como na comunidade em geral, é a inclusão de saladas e frutas no cardápio diário. Além disso, as pessoas geralmente fazem poucas refeições por dia, no máximo duas ou três, concentradas em um só horário”, observa a professora.

Na primeira consulta, o paciente é examinado clinicamente, ou seja, visualmente. Se possuir, deve levar à consulta exames bioquímicos recentes (fezes, urina, sangue). “O paciente também detalha como é sua alimentação. A pessoa já sai da primeira visita com a próxima agendada, que ocorre, geralmente, após um mês. Mas há casos especiais, como o diabetes, em que o retorno pode ocorrer de 15 em 15 dias”, conta a professora.

O encaminhamento ao Ambulatório é feito pelos próprios universitários e professores do curso ou por pacientes em tratamento, que indicam a outras pessoas. Professores e universitários de outras graduações, como Fisioterapia e Engenharia de Alimentos, também indicam pacientes com obesidade e diabetes, por exemplo, para tratamento no Ambulatório de Nutrição.

Com a implantação do Ambulatório, a professora Sônia Figueiredo conta que os alunos ficaram mais motivados: “Trazemos a prática da nossa vivência fora daqui para eles. No Ambulatório, eles não estão tratando a enfermidade, o diabetes, mas sim uma pessoa que tem o diabetes. Então, muda completamente, porque os parâmetros são diferentes em relação ao livro. Eles aprendem, ainda, a delimitar o problema e o encaminhar ao profissional responsável, caso não seja da alçada da Nutrição.” Além disso, há a humanização do trabalho paciente-nutricionista, uma vez que a professora mantém contato com o paciente mesmo quando seu caso requer cuidados de profissionais de outras áreas.

Para a estagiária Renata Monteiro Abreu Braga, a experiência está sendo muito proveitosa, já que atendem a uma variedade de pessoas muito grande, tanto quanto à patologia como quanto à idade: “Ao contrário do que vemos nos livros, aqui temos todas as patologias juntas. Às vezes a pessoa não tem só diabetes. Por isso, não vemos cada um separadamente, como na teoria. Cada caso é um caso. É gratificante.”

Pela primeira vez no Ambulatório, a paciente Rosana do Amparo Nunes de Souza tomou conhecimento do serviço nutricional por meio de uma conhecida. Moradora do bairro Cachoeirinha, Rosana Souza busca tratamento para si e para o filho de 13 anos que, segundo ela, está acima do peso: “Tomo um remédio que faz com que meu corpo inche e, após uma cirurgia, engordei demais. Quero ver se há solução para o meu caso.”

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