Jornal UNI-BH

Thursday, September 29, 2005

Esquetes encerram curso de Artes Cênicas

Júnia Leticia

O Superior Seqüencial Artes Cênicas – Aperfeiçoamento do Comunicador encerrou o primeiro semestre letivo do curso com a apresentação de aulas em aberto das disciplinas Fundamentos da Interpretação, Consciências Corporal e Consciência Vocal, a cargo, respectivamente, pelos professores Cida Falabella, Monica Ribeiro e Paulo Henrique Campos. O curso, ministrado no campus Nova Floresta, tem a duração de dois anos.

A Coordenadora do Curso, professora Monica Ribeiro, conta que em todos os semestres são realizadas aulas abertas das disciplinas práticas. Trata-se de um exercício cênico, sem o caráter de apresentação de um espetáculo: “Em Fundamentos da Interpretação, realizamos Personagens urbanos - Do real ao imaginário. A apresentação é o resultado de um trabalho feito durante o curso, a partir do Realismo. Os alunos colheram no cotidiano, na cidade e na escola elementos para a criação das personagens.”

O trabalho oferece aos alunos a oportunidade de se verem e sentirem seu próprio desenvolvimento dentro disciplina, que possui seis meses Para Monica Ribeiro, a atividade também é uma boa oportunidade de aproximar a comunidade das produções semestrais do curso e dos parentes dos alunos verem o resultado do trabalho. A universitária Ana Carolina Lessa é um exemplo: “Fiquei sabendo da apresentação por meio de um amigo que faz o curso e vim assistir”.

Com relação à disciplina Consciência Corporal, é realizado um trabalho prévio a qualquer outro de técnica corporal, que, idealmente, deve ser feito. “Por meio desse trabalho, o indivíduo passa a ter uma consciência mais clara da sua imagem corporal, uma percepção mais afinada de seus órgãos, membros, musculatura. A pessoa passa a entender melhor como funcionam seus movimentos por meio dos músculos e conhecê-los, e também a perceber quais ossos tem em seu corpo. Sendo assim, ela vai começar um trabalho de reeducação postural para, após isso, receber técnicas corporais mais específicas, como a dança e as artes marciais”, explica Monica Ribeiro.

O trabalho corporal pode ser feito em qualquer idade. A professora conta que cada indivíduo tem um corpo específico, com limites, possibilidades e potenciais, por isso é importante essa percepção: “É um trabalho do aluno com ele mesmo, uma preparação para as exigências corporais que receberá nos próximos períodos. Nessa disciplina, avaliamos a participação, o desempenho e, ainda, o envolvimento na parte teórica da disciplina, quando os alunos fazem pesquisas de campo, têm noções básicas da anatomia dos sistemas esquelético e muscular, de biomecânica e de fisiologia. É um trabalho que visa o auto-conhecimento corporal.”

Já a disciplina Consciência Vocal visa dar ao aluno um maior conhecimento da voz que ele possui. “Nas artes cênicas, além da voz espontânea (da fala), usa-se a voz com um sentido expressivo, como um recurso artístico. A voz tem relação com o corpo, pois carrega a identidade da pessoa. Uma vez que o corpo é movimentado, a voz também sofre influência. Às vezes, ela é até mais rígida que o corpo e limita a pessoa. Além disso, para se comunicar sem microfones com a platéia, o ator necessita de expressão vocal”, esclarece o professor Paulo Henrique Campos.

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